quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

BRASIL, UM GRANDE COLORIDO!




Em meio a tantos e tantos problemas que meu país e povo vivem esforcei-me mentalmente para agradecer a Deus pela existência desta nação. Não é possível que não exista nada para ser grato em meio a tantas coisas e fatos que ocorrem no meu país. E pensando nisso pensei (e imaginei) nas pessoas que viveram antes de mim, meus ascendentes, aqueles que construíram meu país, que viveram aqui, que de alguma forma contribuíram para o Brasil ser nação.

Fiquei imaginando as pessoas que fizeram parte da minha história. As vindas da África como escravos, com meu tataravô, viajando no porão de um navio negreiro, sujo, aos solavancos do mar. Quem sabe, não chovia e as noites eram sombrias e tristes. Depois de muitos dias no mar aportou em Santos (SP). Sem saber falar uma palavra em português viu alguém, um português, apontando em sua direção enquanto conversava com outro. E o mesmo que apontara em sua direção o levou para suas terras. Lá estava um português, chamado CORRÊA que acabara de adquirir mais um escravo para trabalhar em sua lavoura de café.

Como este meu parente tão distante sobreviveu nas terras do CORRÊA? Quantos açoites não sofreu? Como foram contados os seus dias? Ao indagar e imaginar sobre isso paro e agradeço sua existência, sem saber sequer seu nome, pois por sua existência eu também vim a existir.

Passado algum tempo um dos descendentes desse escravo negro, imaginando que isso tenha acontecido após a abolição da escravidão, conhece uma moça de origem hispânica, cujo sobrenome é SALLES, e contrai matrimônio. E esta moça espanhola, de que região veio da Espanha? Ou era descendente de espanhóis vindos para o Brasil, fugidos da primeira ou segunda Guerra Mundial?

Outros que fizeram parte da minha história e contribuíram sem querer para minha existência são aqueles que vieram da Polônia e Suíça, os HEBLING e WENZEL. Como deve ter sido difícil serem desterrados ao aventurarem-se em uma terra com clima completamente diferente. Quanta tristeza, dor, saudades, e porque não mágoa trouxeram em seus corações? Instalados aqui, nas terras de Cabral, esses poloneses e suíços iniciaram nova vida, trouxeram uma nova cultura, contribuíram para a formação do meu país, o Brasil.

Com a vinda de diversos estrangeiros para o Brasil, constituindo famílias em meu país, casando com outras etnias aqui estabelecidas, formaram um país marcado por diversidades culturais, linguísticas, regionais etc. E a miscigenação não para por ai. Têm os índios que fizeram parte da minha história também, aqueles que constituíram família com os novos colonos fugidos ou não da Europa, que se quer sei seus sobrenomes.

Assim como na minha história, inúmeras árvores genealógicas brasileiras possuem diversidades étnicas, portugueses que casaram com italianos, italianos que casaram com espanhóis, espanhóis que casaram com índios, que casaram com negros, que casaram com portugueses, que casaram com alemães, que casaram com holandeses e por ai vai a “mistureba”.

Isso é fantástico! Esta enorme diversidade de etnias fizeram do meu país, o Brasil, um grande colorido!!! Marcado por alegrias, tristezas, revoltas, paz, cumplicidade, ódio, amor, amizades, incertezas, beleza, sentimentos e coisas que se completam, ou pelo menos, se harmonizam quando juntas. Esse colorido deu certo! E com a visibilidade mundial que o Brasil ganhará neste ano de 2014 o mundo poderá contemplar este grande colorido, como numa grande tela viva compreendida em toda a extensão territorial do Brasil!

Sou grato a Deus por este GRANDE COLORIDO que cobre meu país, o Brasil!!!

Samuel Ricardo Hebling Correa

HINO NACIONAL
Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada

Música: Francisco Manuel da Silva

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