Em meio a tantos e tantos problemas que
meu país e povo vivem esforcei-me mentalmente para agradecer a Deus pela existência
desta nação. Não é possível que não exista nada para ser grato em meio a tantas
coisas e fatos que ocorrem no meu país. E pensando nisso pensei (e imaginei) nas
pessoas que viveram antes de mim, meus ascendentes, aqueles que construíram meu
país, que viveram aqui, que de alguma forma contribuíram para o Brasil ser
nação.
Fiquei imaginando as pessoas que
fizeram parte da minha história. As vindas da África como escravos, com meu tataravô,
viajando no porão de um navio negreiro, sujo, aos solavancos do mar. Quem sabe,
não chovia e as noites eram sombrias e tristes. Depois de muitos dias no mar
aportou em Santos (SP). Sem saber falar uma palavra em português viu alguém, um
português, apontando em sua direção enquanto conversava com outro. E o mesmo
que apontara em sua direção o levou para suas terras. Lá estava um português, chamado
CORRÊA que acabara de adquirir mais um escravo para trabalhar em sua lavoura de
café.
Como este meu parente tão distante sobreviveu
nas terras do CORRÊA? Quantos açoites não sofreu? Como foram contados os seus
dias? Ao indagar e imaginar sobre isso paro e agradeço sua existência, sem
saber sequer seu nome, pois por sua existência eu também vim a existir.
Passado algum tempo um dos descendentes
desse escravo negro, imaginando que isso tenha acontecido após a abolição da
escravidão, conhece uma moça de origem hispânica, cujo sobrenome é SALLES, e
contrai matrimônio. E esta moça espanhola, de que região veio da Espanha? Ou
era descendente de espanhóis vindos para o Brasil, fugidos da primeira ou
segunda Guerra Mundial?
Outros que fizeram parte da minha
história e contribuíram sem querer para minha existência são aqueles que vieram
da Polônia e Suíça, os HEBLING e WENZEL. Como deve ter sido difícil serem desterrados ao aventurarem-se em uma terra com clima completamente diferente. Quanta tristeza,
dor, saudades, e porque não mágoa trouxeram em seus corações? Instalados aqui,
nas terras de Cabral, esses poloneses e suíços iniciaram nova vida, trouxeram
uma nova cultura, contribuíram para a formação do meu país, o Brasil.
Com a vinda de diversos estrangeiros
para o Brasil, constituindo famílias em meu país, casando com outras etnias aqui
estabelecidas, formaram um país marcado por diversidades culturais,
linguísticas, regionais etc. E a miscigenação não para por ai. Têm os índios
que fizeram parte da minha história também, aqueles que constituíram família
com os novos colonos fugidos ou não da Europa, que se quer sei seus sobrenomes.
Assim como na minha história, inúmeras árvores
genealógicas brasileiras possuem diversidades étnicas, portugueses que casaram
com italianos, italianos que casaram com espanhóis, espanhóis que casaram com
índios, que casaram com negros, que casaram com portugueses, que casaram com
alemães, que casaram com holandeses e por ai vai a “mistureba”.
Isso é fantástico! Esta enorme
diversidade de etnias fizeram do meu país, o Brasil, um grande colorido!!! Marcado
por alegrias, tristezas, revoltas, paz, cumplicidade, ódio, amor, amizades,
incertezas, beleza, sentimentos e coisas que se completam, ou pelo menos, se
harmonizam quando juntas. Esse colorido deu certo! E com a visibilidade mundial
que o Brasil ganhará neste ano de 2014 o mundo poderá contemplar este grande
colorido, como numa grande tela viva compreendida em toda a extensão
territorial do Brasil!
Sou grato a Deus por este GRANDE
COLORIDO que cobre meu país, o Brasil!!!
Samuel Ricardo Hebling Correa
HINO
NACIONAL
Parte I
Ouviram
do Ipiranga as margens plácidas
De
um povo heróico o brado retumbante,
E
o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou
no céu da pátria nesse instante.
Se
o penhor dessa igualdade
Conseguimos
conquistar com braço forte,
Em
teu seio, ó liberdade,
Desafia
o nosso peito a própria morte!
Ó
Pátria amada,
Idolatrada,
Salve!
Salve!
Brasil,
um sonho intenso, um raio vívido
De
amor e de esperança à terra desce,
Se
em teu formoso céu, risonho e límpido,
A
imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante
pela própria natureza,
És
belo, és forte, impávido colosso,
E
o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra
adorada,
Entre
outras mil,
És
tu, Brasil,
Ó
Pátria amada!
Dos
filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria
amada,
Brasil!
Parte II
Deitado
eternamente em berço esplêndido,
Ao
som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras,
ó Brasil, florão da América,
Iluminado
ao sol do Novo Mundo!
Do
que a terra, mais garrida,
Teus
risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos
bosques têm mais vida",
"Nossa
vida" no teu seio "mais amores."
Ó
Pátria amada,
Idolatrada,
Salve!
Salve!
Brasil,
de amor eterno seja símbolo
O
lábaro que ostentas estrelado,
E
diga o verde-louro dessa flâmula
-
"Paz no futuro e glória no passado."
Mas,
se ergues da justiça a clava forte,
Verás
que um filho teu não foge à luta,
Nem
teme, quem te adora, a própria morte.
Terra
adorada,
Entre
outras mil,
És
tu, Brasil,
Ó
Pátria amada!
Dos
filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria
amada,
Brasil!
Letra:
Joaquim Osório Duque Estrada
Música:
Francisco Manuel da Silva
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